Conta a lenda que, há milhares de anos, boa parte da Ásia Oriental era coberta pela Floresta Hipaman, lar de criaturas mitológicas — cujas imagens ainda adornam os antigos templos. Tais criaturas místicas eram seres híbridos e agiam no limiar do Bem e Mal pois a floresta ocupava um plano entre Céu e Terra.

 ENTRE AS CRIATURAS, uma especial chamada Kinnari — entidade metade humana, metade cisne. Um dia, durante um passeio noturno, notou uma mulher em sofrimento no povoado local. Chamada Isra, a mulher sofria de males variados por não conseguir adormecer. Compadecida, Kinnari decidiu ajudar e, em seus braços, carregou Isra sobre montanhas, lagos, templos e vilarejos até os limites da Floresta Hipaman. Pararam diante de um arbusto repleto de deslumbrantes flores azuis jamais vistas. Kinnari apanhou uma flor e entregando-a a Isra pediu que a semeasse junto a uma cerca e fizesse uso de suas flores.

 SEGUINDO AS ORDENS DA CRIATURA,  Isra viu nascer uma trepadeira com flores abundantes em seu jardim. E conforme Kinnari lhe contara, além da cor sedutora a flor tinha propriedades de cura. Isra usou-a nos cabelos e depois distribuiu aos vizinhos recomendando seu chá como medicamento natural. A Floresta Himapan deixou de existir há muito tempo mas esta herança ainda chega ao nosso tempo. Flor de beleza e poder curativo, milagre auspicioso da natureza oriental.